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A APARF ASSINALA O 70º DIA MUNDIAL DOS DOENTES DE LEPRA

Mais de 140 mil novos casos por ano faz desta uma doença que carece de sensibilização para a mesma.

O Dia Mundial dos Doentes de Lepra, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1954 a pedido de Raoul Follereau, tem como objectivo alertar a população mundial para as condições de sofrimento e de miséria em que vivem muitos milhões de pessoas atingidas pela doença da lepra. Hoje é assinalado em cerca de 130 países.

Em Portugal, a Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF), cumprindo os seus estatutos, assinala este Dia pelo 36º ano consecutivo. Com a colaboração de uma vasta rede de voluntários em todo o país, incluindo o Núcleo do Porto e Grupos Locais, sensibiliza a população para a problemática da lepra, nas vertentes de doença física, estigma e discriminação ainda existentes na nossa sociedade, promovendo, ao mesmo tempo, o peditório nacional.

O tratamento para a doença de lepra existe e, apesar da doença ter cura, ainda não foi erradicada. Com a existência de pessoas que continuam a viver abaixo do nível da dignidade humana e sem acesso a  cuidados de saúde básicos é necessário apostar na prevenção. Só dotando as populações mais pobres ao acesso a cuidados de saúde, água potável, condições sanitárias e alimentação básicas podemos erradicar a doença de lepra.

Segundo o relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a 9 de Setembro último, no ano de 2021, foram diagnosticados 140 594 novos casos de lepra em 143 países, designadamente na Índia, Brasil e Indonésia, que representam 74,5% dos novos casos detectados seguindo países como a República Democrática do Congo e Moçambique. No geral, o número de novos casos de lepra/hanseníase em 2021, aumentou 10,2% em comparação a 2020.

Os efeitos da COVID-19 continuam a afectar os programas de luta contra a lepra na maioria dos países. Os novos casos de lepra/hanseníase com deformações visíveis aumentaram, tanto nos adultos como nas crianças, em 17,6% e 19,5%, pelo que revela um diagnóstico tardio da doença como consequência das medidas de confinamento geradas pela pandemia.

Embora em Portugal, o número de doentes seja reduzido, quando surgem novos casos, em regra são de

imigrantes oriundos de países endémicos, África, América Latina e Ásia, sendo tratados pelo Serviço Nacional de Saúde.

A Região Litoral Centro de Portugal (Coimbra, Leiria, Lisboa e Vale do Tejo) foi, tradicionalmente, a mais atingida pela doença. Por esse motivo o Hospital Rovisco Pais foi construído no centro do país, na Tocha, Cantanhede. Este Hospital, destinado ao tratamento dos doentes de Lepra, registou (desde 1947) cerca de 3.260 processos clínicos de doentes, internados ou acompanhados em regime externo. Em 2020 foi criado um Núcleo Museológico sobre a doença de Hansen.

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA AMIGOS DE RAOUL FOLLEREAU - APARF

A APARF contribui para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 70o Dia Mundial dos Doentes de Lepra

Sobre a APARF

- A APARF – Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau, fundada em 1987, é uma IPSS, sem fins lucrativos, reconhecida oficialmente de utilidade pública. Tem Direcção Nacional e a sede em Lisboa. Integra um Núcleo Regional (de âmbito distrital) e várias dezenas de Grupos Locais (de âmbito de povoação ou freguesia).

- A APARF tem por objecto social prestar assistência material, sanitária e moral às pessoas afectadas pela doença de Hansen (lepra), e suas famílias. Promove acções de prevenção, tratamento e cura desta terrível doença, e de outras doenças estigmatizantes, resultantes da pobreza e da falta de condições sanitárias e alimentação básicas.

  • Apoia em Portugal os doentes e ex-doentes de lepra e suas famílias;
  • Durante 36 anos da sua existência já diagnosticou e acompanhou milhares de doentes de lepra em mais de 50 países, de quatro continentes;
  • É membro da UIARF – União Internacional das Associações Raoul Follereau, sediada em Paris, França;
  • Inscrita e acreditada como Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento;
  • A sua acção é inspirada na vida e obra de Raoul Follereau.

Sobre RAOUL FOLLEREAU

Escritor, jornalista e advogado francês, nascido em 1903, que deixou a sua actividade profissional para se dedicar exclusivamente à causa dos doentes de lepra, após um primeiro encontro com estes doentes, em 1935, no Níger. Em 1957 visita Portugal e o Hospital Rovisco Pais, na Tocha. Em 1966 criou o ILEP (Federação Internacional das Associações que lutam contra a Lepra no Mundo). Em 1968 cria as Fundações Raoul Follereau e visita Portugal pela 2ª vez, proferindo conferências em diversos locais do país; visita o Hospital Rovisco Pais pela segunda vez. Em 50 anos ao serviço dos doentes de lepra, juntamente com Madeleine Boudou, com quem casou em 1925, deu a volta ao mundo várias vezes a visitar leprosarias/prisões, a proferir milhares de conferências, numa entrega total ao serviço destes estigmatizados doentes.

Raoul Follereau faleceu em Paris, a 6 de Dezembro de 1977. Contava 74 anos o “vagabundo da caridade” ou “apóstolo dos leprosos” como era frequentemente apelidado.

O que é a LEPRA

A doença de Hansen mais conhecida como Lepra é uma doença infecciosa crónica, causada pela “Mycobacterium Leprae”, caracterizada por largo período de incubação (até dez anos ou mais).

As primeiras referências escritas relativas à Lepra datam de 1500 anos a. C. Desde então a doença era considerada como um castigo divino, até que a identificação do bacilo veio esclarecer a sua causa. A identificação do bacilo responsável pela doença foi identificado em 1873 pelo médico norueguês Dr. Gerhard Armauer Hansen, daí provindo o nome de Doença de Hansen.

Os enfermos eram internados compulsivamente em Lazaretos ou ilhas de Leprosos ficando privados dos mais elementares direitos, como o casamento, família, circulação no território, herdar ou possuir bens. Tais medidas foram implementadas sobretudo para não contagiarem a restante família e sociedade.

A lepra não é hereditária, como se julgou durante muitos séculos, mas contagiosa pois passa de uma pessoa afectada a uma outra “susceptível”. O contágio verifica-se em ambientes e entre populações que sofrem de desnutrição, sem acesso a água potável e, portanto, de baixos padrões de higiene.

Apenas no Século XX, na década de quarenta, se criou o primeiro medicamento, a sulfona, que conteve a proliferação da doença, mas não como tratamento definitivo e sua cura. Esta só foi possível a partir de 1980, com a poliquimioterapia – PCT. Quando aplicados em prazos

e doses adequadas permite o tratamento rápido, completo e não deixa sequelas no doente. No entanto, na ausência de vacina e, dado o longo período de incubação do bacilo, torna-se difícil a erradicação da doença. Quando não é diagnosticada e tratada atempadamente, evolui e causa úlceras ao nível da pele, afecta o sistema nervoso periférico, mutila, provoca a cegueira e a morte.

Para mais informações

Rua Cidade de Nova Lisboa, nº 7 - 1800-107 Lisboa aparf@aparf.pt www.aparf.pt
Telef. 218 520 520; José Santos Ponciano (Secretário Geral) 919 185 462
Rua Cidade de Nova Lisboa, 7 - Apartado 8395 - 1800-107 Lisboa ● Telefone: 218 520 520/1 ● E-mail: aparf@aparf.pt
Site: www.aparf.pt ● Pessoa Colectiva nº 501 802 282 ● IBAN: PT50 0035 0557 0002 9981 93095 (CGD - Agência Olivais/Lisboa)
933 946 983

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Montante: qualquer valor
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