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POETISA SUSANA BRAVO


No próximo programa AO ENCONTRO DA POESIA, Pedro Nobre, vai receber a poetisa SUSANA BRAVO e quando forem 22h vamos ter a participação de Fátima Horta com os seus "Grãos de Areia". Encontro marcado às 21h em www.radioqc.com

 BIOGRAFIA 

Susana Roque Bravo, natural de Lisboa nasceu a 18 de maio. Mais tarde na sua adolescência foi para Paris, juntamente com a sua família, onde lá permaneceu até aos 21 anos de idade, de regresso em 2007 matriculou-se na Universidade de Lisboa e fez a sua licenciatura no curso Línguas, Literaturas e Culturas em Estudos Românicos, depois posteriormente em 2010 ingressou e fez o seu mestrado em Línguas Literaturas e Culturas Modernas: Textos e Contextos na Universidade Nova de Lisboa sobre a orientação do Prof. doutor Nuno Judice na dissertação A Fala do Corpo em Luiza Neto Jorge e Luís Miguel Nava. Concluiu um relatório final em Literatura Comparada sobre o tema “A Doença e a Escrita”.

 O LIVRO 

A Fala do Corpo” é um livro com base na sua dissertação de mestrado. “Toda a concretização do erotismo tem por fim atingir o mais intimo do ser, no ponto em que o coração nos falta. A passagem do estado normal ao de ser, no ponto em que o coração nos falta. A passagem do estado normal ao de desejo erótico supõe em nós a dissolução relativa do ser constituído na ordem descontinua.” Georges Bataille.

Georges Bataille

Tal como nos descreve Susana Roque Bravo no seu livro A Fala do Corpo, o corpo tem uma fala genuína que pela palavra é captável e associável desde logo. A poesia é indubitavelmente esse veículo à fala transmissível por meio das palavras dos poetas. Neste livro a autora vai ao encontro do universo labiríntico de Luiza Neto Jorge e Luís Miguel Nava, onde a palavra ganha vida, cor, sentido e uma proeminência que não é indiferente a um leitor inusitado.

 PRÉMIOS DE SUSANA ROQUE BRAVO 
  • RESULTADO FINAL DO V CONCURSO LITERÁRIO “EROTISMO COM ARTE”
  • MENÇÕES HONROSAS – NA CATEGORIA “POESIA”
  • SUSANA ROQUE BRAVO (AMADORA – PORTUGAL) – CEREJA

CEREJA

Quero o sexo aberto
Como uma cereja doce
Atentado a um pudor
de encanta regra
O sexo em flor aberto
me goteja me enlouquece
do tamanho de uma serra
quero o sexo aberto como
se fosse todo ele o meu negrume
lívido e brilhante o meu lume
onde se esconde o falo no
infinito mundo naquele que
gotejo de prazer de imenso
ciúme e de imenso torpedo
sem causar vertigens e nenhuns medos
de trepadores do circo circunspectos de enredo.

 MEDALHA DE PRATA 

LINGUISTICAMENTE FALANDO

Falo na minha língua onde
tenho um falo que saboreio
das quatro partes da saliva:
doce, amargo, azedo e salgado
sinto o falo, na minha língua
nessa língua que se propõe se
abre, e se põe na língua comedida
sempre falo de algo mais: pois não
é triste a vida sem pedir a sua fala
de um falo tão quente e apertado a
língua se move rarefeita e sem foice
ama-o com jeito, falando muitas vezes
o falo de hoje é o amanhã às mil tentativas
do outro falo que já não faço porque já
disse a minha língua rarefeita em poesia.

Se não tiveste oportunidade de ouvir o programa em directo, ouve tudo agora!

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