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FADISTA GISELA JOÃO



BIOGRAFIA

Fado Virado ao Norte
(“A miúda do Norte anda por ai?”)

"Diz-se, por vezes, que o Fado é só de Lisboa e que quem melhor o sente e canta são as gentes da capital. No entanto, Amália foi criada no Fundão; Beatriz da Conceição, Maria da Fé, Tony de Matos e José Fontes Rocha, por exemplo, nasceram no Porto; Lucília do Carmo é de Portalegre; e, neste caso, Gisela João nasceu em Barcelos, conquistou a “Cidade Invicta” e tal como algumas das suas principais referências, desceu até à “Mouraria” para conquistar o mundo... Hoje, é considerada por muitos os entendidos como uma das mais interessantes vozes dos últimos anos a surgir no panorama musical do Fado.

Minhota e nortenha de corpo e alma, traz o canto como uma condição de vida, uma forma de fazer transparecer o peso das palavras, prendendo-nos do princípio ao fim, tanto nos fados tradicionais, como nas músicas mais alegres da história das suas gentes que tanto defende e respeita. E não se imagina que aquela mulher de ar gaiato, franzina e pequenina, tem toda aquela voz, de uma rouquidão bem timbrada e com um espírito único que nos transporta para uma portugalidade genuína e autêntica.

Desde muito cedo a ouvir rádio, O Fado e Gisela apaixonaram-se mutuamente de tal forma que nunca deixou de cantar. Primeiro para a família e os vizinhos, depois para os colegas de escola e em concursos de pequenos cantores.

Aos dezanove anos mudou-se para o Porto, para estudar Design de Moda e, como seria de esperar, procurou um lugar no fervilhante, se bem que por vezes desconhecido e “underground”, circuito portuense das casas de Fados -- mais rude, castiço e até genuíno do que o de algumas das congéneres alfacinhas.

Há dois anos, deixou-se levar pelo destino e rumou definitivamente a Sul para arriscar uma carreira dedicada exclusivamente à música e neste caso ao Fado. Foi convidada para integrar o elenco da mais prestigiada casa de Fados de Lisboa: o Sr. Vinho, de Maria da Fé e José Luís Gordo. Começou a frequentar alguns locais de culto da Cidade e facilmente conquistou um publico que agora, ávido, pergunta: “a miúda do Norte anda por ai?...”.


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